Ser formador de opinião é lutar contra a correnteza,
é se opor aqueles que preferem manipular e serem manipulados, é arrumar briga,
conquistar a inimizade daqueles que se conformam com as coisas do jeito que
estão. Ser formador de opinião muitas das vezes é se preparar para ser
rejeitado até daqueles que batem nas suas costas e se dizem ser seus amigos.
Mas a cada dia que passa vou aprendendo que esse meu jeito de ser não será aplaudido
pelos homens, desde que aceitei servir a Jesus aprendi que tenho que agradá-lo,
e isso me satisfaz, pois sei que não
estou caminhando no caminho errado, não me vendo por ofertas e nem por títulos,
se está errado que a verdade venha a tona, se está certo que mereça os méritos.
Quando olho para a história vejo homens que pagaram
um alto preço por serem formadores de opinião, pessoas que não fizeram as
coisas para agradar imperadores, presidentes e lideres, mas que ficaram
marcados na história pela sua coragem e bravura.
Dom Pedro I, Martinho Lutero, Tiradentes, Mather
Luter King se opuseram ao comodismo da época e por isso sofreram grandes retaliações,
lutaram contra governos, papas e uma sociedade acomodada com o erro e com o
sistema, arriscaram suas vidas simplesmente porque eram comprometidos com a
verdade e com o próximo.
Ainda não sou perseguido por expor o que penso, mas
já sinto um distanciamento de muitos amigos que se conformaram com o sistema,
vejo que muitos assim como eu não concordam com muitas coisas, mas preferem vendar
os olhos e fingir que está tudo bem, não tem coragem de dar a cara à tapa. Preferem
ser alienados e alimentar a corruptos que barganham a fé.
Não nasci para ser manipulado, nem muito menos para
ser mais um no meio de muitos, creio a cada dia que fui chamado para proclamar
o evangelho puro e simples, um evangelho semelhante aquele que João Batista
pregava, um evangelho descomprometido com lideranças humanas, sem nenhum
vinculo com o pecado, suborno ou com o meu bem estar. Não estou preocupado com
as criticas, nem se “vão me queimar nos púlpitos”. Alias meu ministério não
está firmado em uma tribuna, pois tenho comigo que o verdadeiro evangelista
prega no corpo a corpo, não se cansa de anunciar Cristo nas praças, nas ruas,
nos becos, nos hospitais, se as portas do templo se fechar para mim, o mundo
ainda precisa ouvir falar de Jesus.
Não o Jesus mercantilizado por grandes catedrais,
aquele que vive de barganhas, que perdoa pecados e te valoriza pela tua classe
social, ou pelo valor de tuas contribuições, mas o Jesus que não faz acepção de
pessoas, que ama o pecador, mas “odeia o pecado”.
Ninguém gosta de ouvir a verdade, ainda mais quando
ela fere os seus deleites, quando a verdade falada pode abrir os olhos de
muitos que estão cegados na idolatria e na ignorância. A verdade dói, mas
prefiro a verdade a alimentar o pai da mentira.
Paulo Cezar de Lima
Blog Nada Além da Verdade
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